quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Maria Bethânia e artistas pouco conhecidos se destacam em prêmio de música

Maria Bethânia no 21º Prêmio da Música Brasileira / AGNews
Maria Bethânia se destacou mais uma vez no Prêmio da Música Brasileira, cuja 21ª edição ocorreu na noite desta quarta (11), no Teatro Municipal do Rio. Ela conquistou o troféu de melhor cantora de MPB. Seu disco “Encanteria” foi o melhor do gênero dentre os lançados em 2009, e a música “Feita na Bahia”, de Roque Ferreira e gravada por ela, ganhou do júri o título de melhor do ano.

Nomes desconhecidos do grande público ganharam mais de um troféu. O veterano mangueirense Tantinho ganhou nas categorias disco (“Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira”) e cantor de samba. O conjunto baiano Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, que costuma tocar na praça do Pelourinho, levou melhor grupo instrumental e artista revelação. E Juraildes da Cruz, nascido em 1954 no hoje Estado do Tocantins, surpreendeu vencendo como cantor na categoria voto popular, em que a escolha é feita pela internet.

Artistas famosos também subiram ao palco para receber seus prêmios. Caetano Veloso foi o melhor cantor pop, por causa do disco “Zii e Zie”. No mesmo segmento, o melhor disco foi “Rock’n’Roll”, de Erasmo Carlos, e o melhor grupo, os Paralamas do Sucesso. Já Ney Matogrosso (“Beijo Bandido”) sagrou-se melhor cantor de MPB. Cauby Peixoto recebeu emocionado o prêmio de cantor popular, em função do disco dedicado à obra de Roberto Carlos.

Alcione, por “Acesa”, foi eleita a melhor cantora de samba. Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó venceram, respectivamente, em dupla de canção popular e dupla regional. Elba Ramalho ganhou o troféu de cantora regional. “Partimpim Dois”, de Adriana Calcanhotto, venceu como disco infantil. E o DVD “Luz Negra”, de Fernanda Takai, foi o melhor do ano.

A homenageada da noite foi Dona Ivone Lara, que cantou na abertura (“Sorriso Negro”) e no fechamento (“Sonho Meu”) do espetáculo de duas horas, sentada numa cadeira, por causa dos 89 anos. Foi reverenciada por todos os chamados a entregar prêmios e, também, pelos que cantaram suas músicas na noite, casos de Caetano (“Acreditar”) e Lenine (“Alguém me Avisou”), dentre outros.

Lançado como Prêmio Sharp, o Prêmio da Música Brasileira, organizado por José Maurício Machline, já foi Caras, TIM e agora tem o patrocínio da Vale. A mineradora aproveitou para lançar um concurso de interpretações de composições de Dona Ivone para funcionários e público em geral. Os vencedores receberam seus prêmios no Municipal, em meio aos principais nomes da música brasileira.

Fonte: Folha de São Paulo

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