terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Remessas de dinheiro impulsionam desenvolvimento
A Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) realiza esta semana debate, em Genebra, sobre a relação entre remessas de dinheiro de migrantes com o desenvolvimento dos países.
Em 2009, migrantes de países em desenvolvimento e menos desenvolvidos enviaram para sua terra natal U$ 316 bilhões, ou seja, R$ 521 bilhões.
As remessas de migrantes representam 2% do Produto Interno Bruto (PIB) de países em desenvolvimento. Segundo o economista da Unctad, Rolf Trager, o dinheiro dos migrantes ajudaram famílias inteiras durante a crise financeira global, além de fazer parte essencial do processo de desenvolvimento.
Dados do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) revelam que mais de 3 milhões de brasileiros (1,57% da população) trabalham em países estrangeiros. Dois em cada três deles estão em situação irregular.
A emigração para outros países continua muito forte, fator que preocupa o governo brasileiro.
Portas Fechadas
A crise financeira internacional levou os governos de países desenvolvidos a fecharem o cerco contra a ‘invasão’ estrangeira. Países como a Inglaterra, por exemplo, adotaram medidas e restrições severas para evitar o fluxo imigratório em seu território, dificultanto até mesmo a entrada de estudantes estrangeiros.
Tais países alegam que estão apenas tentando proteger seu mercado de trabalho contra a imigração descontrolada e ilegal.
Brasileiros no Exterior
Os efeitos da crise global juntamente com a falta de esclarecimento por parte dos emigrantes brasileiros em relação à verdadeira conjuntura sócio-econômica dos países desenvolvidos que escolhem para viver provocaram uma queda de 8,9% das remessas em dinheiro para o Brasil, no período de janeiro-agosto de 2010 em comparação ao mesmo período de 2009.
Ilegais no Brasil
A Organização Internacional de Trabalho (OIT) estima que entre 1,5 e 2 milhões de estrangeiros – bolivianos, peruanos, colombianos, chineses e coreanos – a maioria em situação ilegal, ganham a vida no Brasil.
Postou Cibele Riccomini - Correspondente Internacional - Inglaterra
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