O jornal britânico, The Independent, voltou a falar sobre a tribo indígena brasileira ameaçada de extinção devido à atividades ilegais de madeireiras, na fronteira entre Brasil e Peru. Esse vídeo foi feito pela rede de televisão britânica, Sky News.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
VAMOS FALAR DE CHICO BUARQUE...
Hoje vamos relatar um trecho do livro escrito por Walter Silva, o saudoso Pica-Pau, a quem a música popular brasileira deve muito.
Walter Silva procurava, no início dos anos 60, novos valores num barzinho de apelido “Sujinho”, meio bar, meio quitanda, espaço autorizado pelo dono, perto do Mackenzie, para o show que realizava semanalmente, no Teatro Paramouth, na Avenida Brigadeiro Luis Antônio.(hoje Teatro Abril).
Um certo dia apareceu um aluno da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo).
Tímido e desajeitado, Walter pediu para que ele mostrasse suas músicas e ele, apavorado, disse que iria buscar o violão no “ Frederico”.
Bem, Walter logo pensou “esse não volta mais”; até chegar na casa desse tal “Frederico” o ensaio já acabou.
De repente, eis novamente aquele cara de boi sonso, com dois olhos claros deste tamanho, cigarro na mão, um ar de pressa e preguiça, fala corrida e, finalmente, o violão no jeito.
Walter perguntou: “onde mora esse Frederico? Você voltou tão rápido”...
“Nada!”. Respondeu Chico: “É o meu carro. Frederico”.
Era um Aero-Willys 61, bordô, que ele usava para ir à faculdade e dar algumas bandas por aí, que pertencia a Dona Maria Amélia, sua mãe.
E Chico começou o desfile de músicas, até chegar em “Pedro Pedreiro”.
Quando selecionava os novos valores, Walter não se conformava com as melodias nada sofisticadas até que ele viu um moço de 19 anos, lembrando um compositor antigo, com muitas rimas, conhecimento histórico e uma cultura gramatical fantástica.
Walter convocou imediatamente este jovem compositor e intérprete e, no dia 16 de novembro de 1964, uma segunda-feira, teatro lotado, estava lançado para o Brasil: Chico Buarque de Holanda, de quem o Pica Pau depois iria produzir o primeiro disco pela RGE, um compacto simples.
De um lado, “ Pedro Pedreiro” e do outro, “Sonho de Carnaval”, com prensagem inicial de 500 discos. Um mês depois, a gravadora teve que prensar milhares de discos porque o sucesso foi enorme.
Hoje Chico Buarque figura na lista dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos, respeitado no mundo todo.
Postou Alcides Martins Fontes Júnior - jornalista
Assinar:
Postagens (Atom)