Chocolate - obra de 2010 / Projeto Murographia (2008)
Silvio Alvarez trabalha com colagem desde 1989. Artesão em seu ofício de recortar e colar, além de comercializar suas obras e de desenvolver projetos especiais para empresas, ministra oficinas para pessoas de todas as idades.
Em suas obras, o paulistano que adotou a cidade de Joanópolis como morada há alguns anos procura retratar com bom humor o cotidiano das grandes cidades, sem deixar de lado uma análise crítica da sociedade. Costuma dizer que sua principal matéria-prima, ainda mais que o papel, é a paciência. Silvio recorta, uma a uma, imagens de revistas ou de folhetos publicitários para compor um mundo todo seu, mágico e surreal.
Há dois anos, conduziu uma oficina para jovens, no projeto Murographia, do Sesc Ipiranga, expondo o resultado nas áreas interna e externa da unidade.
No ano passado, durante a Semana do Meio Ambiente, deu importante passo em sua carreira ao produzir um painel para a Editora Abril, com a participação dos funcionários da empresa. A obra “A árvore” (colagem sobre MDF – 250 x 350 cm) passou a integrar o acervo do Museu Aberto da Sustentabilidade, na Praça Victor Civita, em Pinheiros, na capital paulista.
Conscientização - Sobre a relação de seu trabalho com o meio ambiente, ele diz: “Precisamos ser atores principais e não apenas espectadores coadjuvantes de todo este processo que colocou em risco a vida do planeta. Temos de assumir nossa responsabilidade e a conscientização ambiental das futuras gerações é o caminho”.
Este ano, a convite da Associação Justiça Social – Tribunal de Justiça ES, ministrou oficinas de colagem a 20 internos da Penitenciária de Viana, na Grande Vitória. Em abril, a convite do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba, realizou oficinas de colagem na Casa do Artesanato, a 60 artesãos licenciados. Na mesma cidade, Silvio participou da Feira ReciclAção, e ministrou oficina de colagem para catadores de recicláveis da Cooperativa Zumbi.
Na edição de julho da revista cultural Novitas, o artista declarou: “Não temos que reciclar os materiais apenas, mas também nossas ideias. (...) Será que a arte não é a forma ideal para chamarmos a atenção para esta nobre e vital causa?”.
Postou Laila Guilherme – Cinema Brasil