quinta-feira, 29 de julho de 2010

Centro Olímpico da Prefeitura inaugura pista de atletismo com padrão internacional

Novo espaço será um dos melhores do país para a prática da modalidade e receberá festival com a presença de Maurren Maggi

Da redação/SEME

Foto: Pedro Piva

O esporte brasileiro terá mais um momento histórico nesta sexta-feira, 30 de julho, às 10 horas. O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) da Secretaria Municipal de Esportes Lazer e Recreação entrega a nova pista de atletismo, com classificação Classe 1 pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), a única da cidade de São Paulo com essa certificação.

A medalhista de ouro Maurren Maggi vai estrear a pista ao participar do 1º Festival de Velocidade e Saltos da Federação Paulista de Atletismo. Trata-se da primeira competição oficial de Maurren no Brasil, após a cirurgia no joelho direito que a afastou das pistas durante um ano. A prova conta, também, com a presença de mais 150 atletas.

A nova pista possui 400 metros de extensão e área total de mais de seis mil metros quadrados. “É papel da Secretaria Municipal de Esportes estimular a prática esportiva, seja ela educacional ou de alto rendimento. Por isso, acreditamos que esse novo espaço dá oportunidade para o surgimento de novos talentos do atletismo brasileiro”, diz o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Valter Antonio da Rocha.

A obra recebeu investimentos de R$ 4,3 milhões. Além da troca do piso, houve a restauração do gramado central, a instalação de um novo sistema de iluminação, construção de muros de arrimo, drenagem e captação de águas. O projeto prevê, como segunda etapa, a reforma completa do antigo campo de futebol, que ganha grama sintética. Por fim, acontece a recuperação estrutural do prédio da arquibancada para 1.600 pessoas, que já está em processo de licitação e inclui vestiários, sala de controle de dopagem, sala de imprensa e academia de boxe.

“É a concretização do projeto envolvendo o Centro Olímpico”, destaca Magic Paula, que comanda o local há nove anos. “A inauguração da pista representa uma espécie de fechamento para o que pensamos a respeito do centro. Já havíamos modernizado a estrutura interna e estamos fazendo o mesmo com a área externa.”

Competidores de ponta – O espaço também pode abrigar provas à noite, graças ao novo sistema de iluminação que foi instalado. Até então, nenhuma pista de atletismo da capital possuía estrutura para a realização de eventos nesse período. Além disso, nomes consagrados do atletismo brasileiro, como Fabiana Murer, Jadel Gregório e a própria Maurren Maggi passam a treinar na pista do Centro Olímpico. “A cidade de São Paulo tem, por vocação, a formação de atletas e merece ter uma pista desse nível”, salienta Magic Paula.

Por estar localizada dentro de um centro de excelência, a pista será usada apenas por atletas do Centro Olímpico e competidores de ponta do centro nacional da Confederação Brasileira de Atletismo. “É um espaço para provas de alto rendimento. Com ele, o Centro se destaca como o melhor local público para a formação e treinamento de atletas de competição do país”, ressalta Victor Fernandes, coordenador de atletismo do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.

Para o presidente da Federação Paulista de Atletismo (FPA) e idealizador do primeiro Festival na nova pista, José Antônio Martins Fernandes, o Toninho, a reforma no COTP é de vital importância para o desenvolvimento do atletismo no estado e no país. “Sem dúvida, será a nova casa dos atletas de São Paulo”, declarou.

Neste sábado e domingo (31 de julho e 1º de agosto), o local receberá, também, as provas do Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-23, evento promovido pela Confederação Brasileira de Atletismo. São 400 atletas disputando 44 provas diferentes. Muitos almejam, desde já, uma vaga para as Olimpíadas de 2012, em Londres, e 2016, no Rio de Janeiro.

Serviço

Inauguração da Pista de Atletismo do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa e Festival de Velocidade e Salto

Data: sexta-feira, 30 de julho

Horário: 10 horas

Local: Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa – Rua Pedro de Toledo, 1.651 – Vila Clementino


Postou Ricardo Monzillo – Esporte Brasil

Histórico festival de 1967 revive no cinema

Foto Wilson Santos/CPDoc JB
Chico Buarque defende ‘Roda Viva’, ao lado do MPB4
Uma boa recordação para quem conheceu e uma ótima oportunidade para quem nem ouviu falar sobre a final do histórico 3º Festival da Música Popular Brasileira, exibida pela Record em 21 de outubro de 1967.

Mais de 40 anos depois, o filme Uma Noite em 67 revela a alegria e a inquietação de quem protagonizou aquela ocasião, que marcaria a carreira de todos eles – e, por que não dizer, de toda a MPB.

Arquivos da TV Record e depoimentos atuais de quem esteve lá ajudaram a compor o documentário de dois cineastas de primeira viagem: o publicitário Renato Terra e o crítico de cinema Ricardo Calil.

Todos os famosos até hoje estavam lá: Chico Buarque – ao lado do MPB4, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo e Marília Medalha, Roberto Carlos, Sérgio Ricardo... Eles eram os finalistas do evento.

Na hora de colher depoimentos a respeito daquela histórica noite, que “era fundamental criar uma cumplicidade”, frisou Ricardo Calil. “Nós nos preparamos muito e tentamos ser delicados, respeitosos.”

Daí se veem momentos de intensa emoção. Um deles a cena em que Sérgio Ricardo é impedido pelas vaias de cantar “Beto Bom de Bola”, terminando por atirar o violão à plateia. “Ao ver o filme, assustei-me mais com suas revelações do que em me ver naquela agonia de não poder mostrar uma música”, diz o compositor, que acrescenta: “Me sinto de alma lavada”.

Foco em momento histórico – Além dos participantes do festival, há depoimentos de Ferreira Gullar, Chico Anysio, Arnaldo Batista e Martinho da Vila – este ficou fora do corte final do filme, mas a produção já promete um DVD mais completo.

Com muitas cenas de bastidores, o documentário transporta o público para a época de penteados vistosos, figurinos hoje considerados bizarros e até um modo de falar que não se usa mais.

Coproduzido pela Video Filmes e Record Entretenimento, o filme contou com o interesse da Record em facilitar o acesso às imagens de arquivo, sem as quais seria impossível realizá-lo. O pesquisador Antonio Venâncio garimpou apresentações do festival e entrevistas de bastidores. “Depois que as imagens foram selecionadas, fizemos um extenso trabalho para melhorar o áudio e a qualidade de cada frame”, conta Renato Terra.

O material era tão vasto que daria para fazer vários documentários, sobre outros festivais (de 1965 a 1972), com apresentações, por exemplo, de “A Banda” (Chico Buarque) e “Disparada” (Geraldo Vandré/ Theo de Barros), com Jair Rodrigues.

Para os cineastas, focalizar exatamente a final do 3º festival resulta do fato de aquela noite representar o nascimento de uma nova ordem na música brasileira, como o uso de guitarras elétricas – mesmo sob protesto dos próprios artistas –; as manifestações do público, como vaiar ou cantar junto; e a consagração dos compositores como seus próprios intérpretes, novidade para a época.

Fontes: Folha de S. Paulo e Portal R7

Mais informações sobre o filme, que estreia nesta sexta nos cinemas, no site oficial de Uma Noite em 67.



Postou Laila Guilherme – Cinema Brasil