terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Investir é a solução para desenvolvimento sustentável
















Seriam necessários um montante de 1,3 trilhões de dólares, a serem injetados em dez setores essenciais anualmente, que incluem energia, transporte e turismo: os três setores que causam maior poluição no mundo.

Especialistas das Nações Unidas e ministros do meio-ambiente de mais de 100 países estão reunidos no Fórum de Ministros do Meio Ambiente do Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente), que acontece essa semana, em Nairobi, no Quênia.

As autoridades na área ambiental discutem alternativas de investimento para gerar desenvolvimento sustentável e acabar com a exploração indevida da natureza, dos oceanos e da atmosfera.

Dois cenários distintos foram apresentados para o período de 2011 a 2050. O primeiro utiliza o tradicional modelo econômico. O ‘modelo verde’ seria a opção mais cara, mas ecologicamente correta.

O sistema atual promoveria maior crescimento econômico até 2015. No entanto, logo depois o modelo verde seria mais viável e promoveria 2,7% de crescimento a partir de 2030 contra 2,2% do modelo tradicional.

O relatório revela ainda que a ‘economia verde’ seria responsável pela criação imediata de empregos em setores como agricultura, construção, transporte e turismo.

Além disso, o ‘modelo verde’ seria uma resposta à altura no combate aos problemas relacionados ao aquecimento global e a exploração indevida de energias fósseis e recursos naturais do planeta.

Para ser verde, o setor de energia deveria investir cerca de U$ 360 bilhões na utilização de energias limpas como usinas eólicas ou solares, de combustíveis alternativos ao petróleo (como é o caso do etanol, derivado da cana-de-açúcar), entre outras alternativas.

Os transportes deveriam injetar U$ 315 bilhões na busca de novas tecnologias para motores de carros e aviões que poluam menos o ambiente.

Segundo o relatório, os prejuízos com a poluição do ar, acidentes e congestionamentos podem abocanhar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) de um país.

Na área de turismo seriam necessários U$ 135 dólares para encontrar meios mais verdes de explorar as áreas da natureza sem destruí-la.


Brasil é modelo de investimento sustentável


Para tentar contrapor a idéia de que ser verde custa caro, o documento cita o Brasil como exemplo de sucesso no investimento de opções sustentáveis para o desenvolvimento da economia. A reciclagem gera retornos de U$ 2 bilhões e evita, ao mesmo tempo, a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Para Achim Steiner, diretor executivo do Pnuma, o desenvolvimento tem que continuar, mas não pode ser às custas dos próprios sistemas de apoio à vida na terra, dos oceanos e da atmosfera.

A iniciativa privada deve se conscientizar disso, sair da teoria e colocar em ação, em parceria com o setor público, as opções que foram apresentadas para salvar o planeta e a vida na Terra.

  
       
 Postou Cibele Riccomini - Correspondente Internacional - Inglaterra