Convite para a Copa de 2014 - Foto: Thiago Dias / Globoesporte.com
A Copa de 2014 foi lançada oficialmente na última quinta-feira (8), em evento que reuniu autoridades e ex-craques da bola em Johanesburgo. O Portal 2014 realizou novo levantamento sobre o andamento das obras dos estádios da Copa 2014. Passados dois anos e oito meses da escolha do Brasil como país-sede do Mundial, a maioria dos estádios palcos do evento continua no papel.
Obras, de fato, começaram apenas em três das 12 cidades-sede. Cuiabá e Manaus começaram a demolição dos antigos estádios. As intervenções no Mineirão, em Belo Horizonte, tiveram início em janeiro ainda assim é muito pouco.
De acordo com o presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), os atrasos podem prejudicar a fase de testes dos empreendimentos antes do evento. “O cronograma já está claramente defasado. É preciso finalizar os projetos executivos para dar início às obras com controle rigoroso – de qualidade, dos prazos, dos gastos –, para que possamos ter os estádios a tempo para a Copa das Confederações, em 2013 e, principalmente para a Copa, em 2014”, afirma José Roberto Bernasconi.
A situação de São Paulo foi a que mais se deteriorou desde 31 de maio – terceiro prazo da FIFA para o início das obras, a capital paulista teve o Morumbi vetado pelo Comitê Organizador Local (COL) e ainda não definiu outro estádio. Fala-se muito no Piritubão, área que pertence à Prefeitura na região noroeste da capital, mas nada de concreto foi oficializado.
Curitiba enfrenta impasse semelhante. A capital paranaense também pretende usar um estádio privado, mas autoridades locais e dirigentes do Atlético-PR não se entendem quanto ao modelo de financiamento das obras. Em Porto Alegre, o Internacional adiou as principais intervenções no Beira-Rio.
Das sedes com estádios públicos, Natal e Fortaleza são as retardatárias. Em férias, os deputados do Rio Grande do Norte não votaram Projeto de Lei que permite o lançamento do edital. Por sua vez, o governo cearense enfrenta denúncias de fraude e corrupção no processo licitatório do estádio Castelão.
Salvador foi a cidade que saiu na frente na definição da empresa que reconstruirá a Fonte Nova. Mas desde então vem sofrendo reveses na Justiça, que questiona a condução do processo licitatório. O governo toca obras secundárias, mas o Ministério Público impediu os repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Depois de seguidos atrasos, Rio de Janeiro e Brasília conseguiram lançar seus editais. A Capital Federal definiu semana passada a empresa que construirá o Estádio Nacional. Os cariocas, que receberão a final, prometem divulgar na quinta-feira (15) as propostas financeiras para a reforma do Maracanã, o estádio mais caro da Copa. De qualquer modo, segundo o Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o principal problema não foi solucionado, a construção e a melhoria dos aeroportos. Será que vamos sofrer desde já até a estreia da nossa seleção?
Postou Ricardo Monzillo – Esporte Brasil