terça-feira, 20 de abril de 2010

Choro FLOR AMOROSA faz 140 anos

Cândido Portinari, Chorinho, 1942

Flor Amorosa”, de Joaquim Antônio da Silva Callado e Catulo da Paixão Cearense, está fazendo 140 anos. A história do choro, porém, remonta a 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil. Essencialmente instrumentais, alguns clássicos do choro ganharam letra posteriormente, como “Lamento”, de Pixinguinha, com letra de Vinícius de Moraes; e outra de Pixinguinha, famosa internacionalmente, “Carinhoso”, com letra de João de Barro, o Braguinha, além de “Noites Cariocas” e “Doce de Coco”, de Jacob de Bandolim, ambas com letra de Hermínio Bello de Carvalho.

Aqui nem cabe citar todos os exemplos, porque são muitos. O fato é que o choro – chorinho, para os menos puristas – continua presente na nossa música em rodas e clubes, e ganha releituras e novas composições por músicos de várias gerações e instrumentos, principalmente bandolim, cavaquinho, violão de sete cordas, percussão e flauta.

O Sesc São Paulo – uma das instituições que mais preservam a memória das artes brasileiras – apresentou recentemente, em show de três gerações de cantoras, a ‘voz do choro’, Ademilde Fonseca (ao lado de Elza Soares e Baby do Brasil). Aos 89 anos e em grande forma, com poucas limitações vocais para a idade, Ademilde fez uma grande apresentação.

Esta semana, é a vez da homenagem aos 140 ANOS DE FLOR AMOROSA, na voz de Consiglia Latorre. Ao lado do pianista Rafael dos Santos e outros músicos, ela mostrará alguns choros, nas modalidades instrumental e canção. O show será sexta (23), às 21 horas, no auditório do 3º andar do Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195), com ingressos de R$ 3 a R$ 12.

No INSTRUMENTAL SESC BRASIL, estará presente uma “lenda viva” do choro, Altamiro Carrilho, que aos 85 anos toca com agilidade sua flauta, acompanhado de Mauricio Verde (cavaquinho), Pedro Bastos (violão de sete cordas e bandolim), Luiz Américo Bastos (violão), Eber de Freitas (pandeiro, bateria e percussão). Será segunda (26), às 19 horas, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação (Rua Dr. Vila Nova, 245), com entrada franca.

Postou Laila Guilherme - Cinema Brasil

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