terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fundo setorial destina R$ 39 mi para filmes

Rodrigo Santoro interpreta o jogador Heleno de Freitas em documentário
Comemorando o sucesso de filmes brasileiros – que, pela primeira vez, ocupam mais de metade das salas de exibição do País –, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) anunciou os 45 longas-metragens contemplados com R$ 39,2 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). São 36 obras de ficção, dois documentários e sete animações que receberão recursos para diferentes etapas de realização. “Recebemos um conjunto de projetos que espelha a diversidade do cinema brasileiro”, afirma o presidente da Ancine, Manoel Rangel.

O longa “A Arte de Perder”, de Bruno Barreto, recebeu o maior investimento – R$ 2,5 milhões. A coprodução internacional narra o romance vivido no Rio pela poeta americana Elizabeth Bishop e pela arquiteta Lota de Macedo Soares, nos anos 1950.

A Ancine também contemplou obras que já foram filmadas e estão na última fase de produção. É o caso de “Transeunte”, longa de estreia do diretor Eryk Rocha, que recebeu R$ 200 mil para ser finalizado. O filme de ficção apresenta a vida de um aposentado que vaga pelas ruas cariocas. Também é o caso da animação “Lutas”, que o diretor Luiz Bolognesi, envolvido há quatro anos na produção, pretende finalizar com os R$ 500 mil que vai receber.

Entre as obras contempladas com R$ 1 milhão, estão “Heleno, o Homem que Chutava com a Cabeça” – biografia do jogador de futebol Heleno de Freitas, do diretor José Henrique Fonseca; “Faroeste Caboclo” – adaptação para o cinema da canção de Renato Russo; e o novo longa de ficção da diretora Tizuka Yamasaki, “Aparecida, Padroeira do Brasil”.

Incentivos do BNDES – Com seu logotipo cada vez mais presente nos créditos iniciais de filmes nacionais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assume aos poucos o papel de principal incentivador da indústria de audiovisual no País. Nos últimos cinco anos, o banco direcionou R$ 142, 2 milhões para o setor e está por trás de mais da metade do patrimônio de fundos que investem mais de R$ 30 milhões em produções.

Segundo a Ancine, o BNDES liderou em 2009 o ranking de investidores no cinema pelo modelo estabelecido na Lei do Audiovisual (8.685/93). Ela permite a comercialização de certificados audiovisuais, cotas das produções que geram participações nos lucros e permitem dedução fiscal do investimento. Este ano, a instituição desembolsou R$ 31,3 milhões para o setor, superando os R$ 26,6 milhões do edital da Petrobrás, a mais conhecida apoiadora do cinema nacional.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Postou Laila Guilherme – Cinema Brasil

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