Seus últimos dias pouco antes do fechamento estão sendo registrados em filme. Há pouco mais de um mês, uma equipe de cerca de 20 profissionais está lá para documentar tudo, filmando jogos com até 12 câmeras simultâneas. A iniciativa é do diretor Felipe Lacerda e do produtor Diogo Dahl.
Há dez anos, quando idealizou o projeto, Dahl não imaginou registrar fato tão importante. Provando que quando se trata do Maracanã nada é previsível, levou outros dez anos para começar a filmar. “A ideia surgiu de antigo sonho de fazer um filme quando o estádio completasse 50 anos, mas eu estava em início de carreira e não consegui tocar o projeto”, contou ao jornal O Estado de São Paulo.
Lacerda, que codirigiu Ônibus 174 (com José Padilha) e montou filmes como Central do Brasil e Nelson Freire, aceitou o desafio. “Gosto de futebol, mas não sou boleiro. Para mim, registrar a morte e o renascimento de um símbolo como o Maracanã é também filmar a própria história atual do Brasil. O estádio é uma espécie de metonímia do que ocorre com o País. Estamos passando por um choque de ordem que nos torna, de certa forma, aptos a receber a visita estrangeira”, explicou à reportagem, em plena noite de Fla-Flu, que iria registrar.
Em uma quarta-feira de maio, enquanto passava as últimas coordenadas para sua jovem e apaixonada equipe, o diretor tentava responder à pergunta: “Mas por que ninguém fez esse filme até hoje?” Em frente à rampa Belini, diante de milhares de torcedores do Flamengo, a resposta não veio. Já o filme virá em 2013. “Queremos lançar com a reabertura do Maracanã e levantar essas questões sobre a própria cultura brasileira”, adiantou Lacerda.
Mais informações no site do jornal.
Postou Laila Guilherme - Cinema Brasil
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