terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pixinguinha - Carinhoso - Jane Powell - Versão Estrangeira

Carinhoso foi composto por Pixinguinha em 1917.
O compositor, que na ocasião tinha apenas 20 anos, deparava-se com o rigorismo dos músicos e críticos da época, que cobravam um esquema preciso para classificar uma música como choro: a forma rondó (A-B-A-C-A).
Um choro tinha de ter três partes, Carinhoso tinha duas.
Sem coragem para apresentá-la, tal como era, a música ficou engavetada. E não foi por pouco tempo, a composição ficou guardada por uma década!

Em depoimento dado em 1968, para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, Pixinguinha justifica: "Eu fiz o Carinhoso em 1917. Naquele tempo o pessoal nosso da música não admitia choro assim de duas partes (choro tinha que ter três partes). Então, eu fiz o Carinhoso e encostei. Tocar o Carinhoso naquele meio! Eu não tocava... ninguém ia aceitar".
"O Carinhoso era uma polca, polca lenta. O andamento era o mesmo de hoje e eu classifiquei de polca lenta ou polca vagarosa. Mais tarde mudei para chorinho".
Carinhoso - Pixinguinha, Benedito Lacerda e regional
Passados mais de dez anos, em 1928, a música foi gravada pela orquestra Típica Pixinguinha-Donga. Como previa o autor, a composição foi duramente rebatida por um crítico (não muito gabaritado), que acusou Pixinguinha de abusar das influências musicais yankes.
Após essa primeira gravação, a música ainda sem letra, ganhou mais duas gravações: uma em 1929, pela Orquestra Victor-Brasileira, dirigida por Pixinguinha, e a outra em 1934 por Luperce Miranda, bandolinista.

Mesmo com as gravações sendo tocadas pelas rádios, a música até meados da década de 30 não tinha caído no gosto popular.

Em 1936, Carinhoso ganha uma letra composta por Braguinha.
A letra feita às pressas, de um dia para o outro, simples, e ao mesmo tempo tocante, atendia ao pedido urgente de uma cantora, Heloísa Helena, que apresentaria a música no espetáculo "Parada das Maravilhas".

Apesar de já poder ser cantada, a música não despertava interesse nos grandes intérpretes da época. Francisco Alves foi chamado pela gravadora para gravá-la, mas não aceitou o convite. Francisco Galhardo ficou de gravar, mas no dia “mandou o Lima", como se diz no meio, não compareceu.
Por fim, a gravadora convida Orlando Silva.
O intérprete achou que os versos de Braguinha não iriam emplacar e chegou a pedir que seu irmão encomendasse ao compositor Pedro Caetano uma outra versão. Mas acabou gravando a versão de Braguinha.

No entanto, após o sucesso da música, Orlando Silva passou a afirmar que fora ele quem fizera o pedido de letra a Braguinha.
Ouça diretamente, no YouTube, Orlando Silva contando:
Carinhoso - Orlando Silva
Essa versão foi desmentida por Pixinguinha e pelo próprio Braguinha.

O fato é que Carinhoso, graças a este casamento harmônico e delicado entre letra e música, transformou-se num clássico, conhecido internacionalmente.
A música é constantemente regravada. E é sucesso em qualquer tempo.

Apresentamos aqui uma versão de Carinhoso gravada pela cantora, atriz e dançarina norte-americana Jane Powell, na comédia musical "Nancy goes to Rio" (1950). O título do filme no Brasil é Romance Carioca. versão de Carinhoso em inglês recebeu o nome de Love is Like This
Jane Powell - Love Is Like This


Carmem Miranda participou do elenco do filme. Voltarei a falar de "Nancy goes to Rio e sobre Carmem na próxima postagem. 


Postou Ana Lasevicius - Versão Estrangeira

Fundo setorial destina R$ 39 mi para filmes

Rodrigo Santoro interpreta o jogador Heleno de Freitas em documentário
Comemorando o sucesso de filmes brasileiros – que, pela primeira vez, ocupam mais de metade das salas de exibição do País –, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) anunciou os 45 longas-metragens contemplados com R$ 39,2 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). São 36 obras de ficção, dois documentários e sete animações que receberão recursos para diferentes etapas de realização. “Recebemos um conjunto de projetos que espelha a diversidade do cinema brasileiro”, afirma o presidente da Ancine, Manoel Rangel.

O longa “A Arte de Perder”, de Bruno Barreto, recebeu o maior investimento – R$ 2,5 milhões. A coprodução internacional narra o romance vivido no Rio pela poeta americana Elizabeth Bishop e pela arquiteta Lota de Macedo Soares, nos anos 1950.

A Ancine também contemplou obras que já foram filmadas e estão na última fase de produção. É o caso de “Transeunte”, longa de estreia do diretor Eryk Rocha, que recebeu R$ 200 mil para ser finalizado. O filme de ficção apresenta a vida de um aposentado que vaga pelas ruas cariocas. Também é o caso da animação “Lutas”, que o diretor Luiz Bolognesi, envolvido há quatro anos na produção, pretende finalizar com os R$ 500 mil que vai receber.

Entre as obras contempladas com R$ 1 milhão, estão “Heleno, o Homem que Chutava com a Cabeça” – biografia do jogador de futebol Heleno de Freitas, do diretor José Henrique Fonseca; “Faroeste Caboclo” – adaptação para o cinema da canção de Renato Russo; e o novo longa de ficção da diretora Tizuka Yamasaki, “Aparecida, Padroeira do Brasil”.

Incentivos do BNDES – Com seu logotipo cada vez mais presente nos créditos iniciais de filmes nacionais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assume aos poucos o papel de principal incentivador da indústria de audiovisual no País. Nos últimos cinco anos, o banco direcionou R$ 142, 2 milhões para o setor e está por trás de mais da metade do patrimônio de fundos que investem mais de R$ 30 milhões em produções.

Segundo a Ancine, o BNDES liderou em 2009 o ranking de investidores no cinema pelo modelo estabelecido na Lei do Audiovisual (8.685/93). Ela permite a comercialização de certificados audiovisuais, cotas das produções que geram participações nos lucros e permitem dedução fiscal do investimento. Este ano, a instituição desembolsou R$ 31,3 milhões para o setor, superando os R$ 26,6 milhões do edital da Petrobrás, a mais conhecida apoiadora do cinema nacional.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Postou Laila Guilherme – Cinema Brasil

Reservas de petróleo das costas brasileiras serão tema de evento em Londres

See post in English below

A exploração das reservas de petróleo das costas brasileiras, conhecida como Pré-Sal, representa um dos mais importantes recursos para promover o futuro desenvolvimento do país e será tema de evento que acontece no dia 16 de novembro, em Londres.

No âmago dessa lucrativa atividade está a necessidade de continuar encontrando novos locais para a perfuração de petróleo. O evento, denominado The Deepwater Horizon: Impact on Brazil’s Offshore Ambitions, vai discutir o efeito dominó do maior desastre ambiental do setor da história dos Estados Unidos, na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em relação à exploração das reservas petrolíferas brasileiras.

De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o primeiro desafio diz respeito à alimentação de novos locais para a perfuração de petróleo nas costas brasileiras.

As reservas petrolíferas nas costas brasileiras também enfrentarão pelo caminho leis ambientais que devem ficar ainda mais rígidas após a catástrofe ambiental.

Serviço:

Evento: A Catástrofe na Plataforma Deepwater Horizon: O Impacto das ambições brasileiras na exploração costeira de petróleo

Dia e horário: terça-feira, 16 de novembro, às 9 horas
Local: Catlin UK – Minster Court, 3, 7º andar, Mincing Lane, Londres
Ingressos: £ 10 (sócios) / £ 15 (público em geral)

Para mais informações, acesse o site http://www.brazilianchamber.org.uk/

Brazilian’s offshore oil reserves will be the focus of attention in London

The Brazilian’s offshore oil reserves, referred to as Pre-Salt, are ones of the most important part of Brazil’s future development and it will be the focus of discussions, on the 16th of November, in London.

The very essence of the Pre-Salt depends upon finding different drilling points in the deep blue sea. The event, named The Deepwater Horizon Catastrophe: Impact on Brazil’s Offshore Ambitions, will discuss the knock on effect on Brazil’s offshore oil reserves especially after the biggest disaster of the sector in America’s history (Platform Deep Water Horizon, in the Gulf of Mexico).

According to Adriano Pires, manager of the Brazilian Centre for Infrastructure, the massive oil spill in the Gulf of Mexico will bring drastic changes onto the sector of oil exploitation.

There will be, and sooner than expected the huge challenge of feeding new places for deep water drilling.

Brazil’s offshore oil reserves will also have to face new environment laws, which are doomed to become even stricter after the platform catastrophe.

Service:

Event: The Deep-water Horizon Catastrophe: Impact on Brazil’s Offshore Ambitions
Date and time: Tuesday, 16th of November, at 9AM
Venue: Catlin UK
Address: 3, Minster Court, 7th Floor, Mincing Lane, London
Admission: £ 10 (members) / £ 15 (non-members)

For more information go to http://www.brazilianchamber.org.uk/
Postou Cibele Riccomini – Correspondente Internacional - Inglaterra
Posted by Cibele Riccomini – International Correspondent – England