sexta-feira, 28 de maio de 2010

Elifas Andreato – As Cores da Resistência

Foto: divulgação
O brilhante trabalho realizado pelo artista plástico paranaense Elifas Andreato durante a ditadura militar – especialmente capas de discos, cartazes de eventos e peças teatrais – está na mostra “Elifas Andreato – As cores da resistência”, com mais de cem peças.

Enquanto muitos se calaram, Andreato, com seus pincéis e cores, resistiu bravamente. Daí o local escolhido para a exibição ser o Memorial da Resistência, instalado na Estação Pinacoteca, num espaço que já foi presídio político.

A mostra evidencia a importância da arte de Andreato como instrumento de resistência política. Entre os trabalhos do período estão: o cartaz para a peça “Mortos Sem Sepultura”, de Jean Paul-Sartre, e a capa do disco “Nervos de Aço”, de Paulinho da Viola, além de edições de jornais e revistas conhecidos pela oposição ao regime militar, como Jornal Momento, Opinião, Movimento, EX e Argumento.

Local: Memorial da Resistência – Largo General Osório, 66 – Luz (Próximo à Estação Luz do Metrô e da CPTM) – Telefones: (11) 3335-4996 / 4990
Horários: De terça a domingo, das 10 às 17h30.
Preço: Gratuito. (R$ 6, com direito a visita às exposições da Estação Pinacoteca - gratuito aos sábados).



Postou Laila Guilherme - Cinema Brasil

METAS EDUCACIONAIS


Durante um ano e meio milhares de pessoas de todos os estados brasileiros participaram dos preparativos da Conferência Nacional de Educação (Conae 2010), que se realizou entre os dias 28 de março e 1º de abril, em Brasília-DF.

Esperava-se, no entanto, o documento final, reunindo e sistematizando as deliberações aprovadas. Inúmeras questões estão contempladas neste documento: a universalização da educação básica, a ampliação da oferta e melhoria da qualidade de cursos profissionalizantes, a democratização do acesso à educação superior, o reconhecimento e respeito à diversidade, a valorização dos profissionais da educação pública e privada, etc.

Há no texto agora divulgado várias indicações para superarmos o atraso educacional do país. Importante frisar que boa parte do espírito que anima esse documento deve-se à atuação do atual ministro da Educação, Fernando Haddad. O próximo passo, com base na Conae, é aprovar o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que definirá metas e estratégias educacionais até o ano de 2020.


Postou Gabriel Perissé - Palavras e Origens

Samba do Bule presta homenagem a Ismael Silva

O Grupo Recreativo de Estudos do Samba do Bule surgiu em 2007, em parceria com a comunidade do Bom Retiro, Favela Pq. Do Gato e do Teatro União e Olho Vivo.
O grupo, que se reúne mensalmente na sede do Teatro União e Olho Vivo, nesta sexta-feira 28 e sábado 29, presta homenagem a Ismael Silva.
Serviço:
Local: Teatro União e Olho Vivo
Rua Nilton Prado, 766 - Bom Retiro - São Paulo
Quando: 28 e 29 de maio
Horário: sexta, às 22h30 e sábado, às 17 horas
Organizado por: Samba do Bule

Toda última sexta-feira do mês tem Samba do Bule na Sede do Teatro Popular União e Olho Vivo. Nesses encontros, músicos e autores entoam sambas de grandes compositores, e também apresentam composições próprias.

Ismael Silva

O sambista Ismael Silva, sobe a  Ladeira da Penha, em outubro de 1957.

Ismael Silva  nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1905. Aos quinze anos compôs sua primeira música, "Já desisti". No final da década de 20 as suas composições eram as mais tocadas nas rádios, principalmente nas vozes de Francisco Alves e de Mario Reis.

Entre os parceiros de Ismael figuram Noel Rosa, Nilton Bastos e Lamartine Babo.

O compositor Ismael Silva foi quem deu forma ao samba que desceu o morro, o samba de rua, urbano:
O samba mesmo nasce de uma necessidade rítmica que nos permite cantar, dançar e desfilar ao mesmo tempo.”

Quando falamos de samba sabemos que quem dá forma dá conteúdo.

Ismael Silva deu ao samba um ritmo mais marcado e cadenciado, ao introduzir instrumentos de percussão, que facilitaram a evolução dos foliões.
Em 1928, Ismael Silva, fundou com os bambas do Estácio a primeira escola de samba, a Deixa Falar.

"Pois bem: aqui está a escola de samba. Milhões de pessoas. Um solista. Quando o samba entra na segunda parte, entra o solista. Como é que, naquela confusão toda, o pessoal vai saber quando deve atacar a primeira parte novamente? Aí é que entra o surdo, que dá aquelas duas porradas fortes e o pessoal entra maciço, certinho.
Estamos aí – o samba é o retrato da nação, nossas histórias são contadas pelos versos, sentidas pelo levar dos instrumentos. Amanhã acontecerá de novo.
Anote ainda duas coisinhas mais aí: o samba provocou a substituição da música européia pela de origem africana, na sociedade brasileira e mais: quando é que a gente poderia imaginar que aquelas brincadeiras fossem dar nisso? Uma coisa de esquina encher avenida? Hoje isso não é mais escola. É universidade, é academia, é faculdade, sei lá! A festa maior. Que coisa”
Ismael Silva faleceu em 1978.
"Dizem que o sucesso de minhas músicas é eterno; que meu nome é uma legenda. E eu estou aqui. Vocês vêem: estas mesas, minha bengala, o time do América de onde tiramos as cores da Deixa Falar – vermelho e branco –, meu terno branco, já gasto – tudo é a imagem do sambista. Ontem ainda vieram me chamar para um circuito universitário, cantar para os jovens. Minha música está aí, falando para quem deseja, com o mesmo vigor de sempre...


Postou Ana Lasevicius - Dir. Comunicação