Cal Francisco
Essa efeméride, 23 de Maio, o mês escrito, claro, com letra maiúscula, te lembra alguma coisa ? Mais uma dica: M.M.D.C. conta qual parte de nossa história, a dos paulistas e dos Brasileiros ? E a Revolução de 32 (percebeu a coincidência na inversão dos números – 32 e 23)? Bom, 23 de Maio, certamente, para o menos atento, talvez traga à lembrança só os longos e demorados congestionamentos de uma das principais vias de tráfego da região central de São Paulo, cujos 3.200 metros de comprimento ligam o Anhangabaú à avenida Rubem Berta, cortando os tradicionais bairros da Liberdade, Bela Vista, Vila Mariana e o Paraíso.
Tudo bem, tudo bem, a história também pode ser recontada sob esse ponto de vista, sem os congestionamentos, claro. Entre o Anhangabaú e a Rubem Berta, de ponta a ponta da 23, há o Obelisco do Ibirapuera no meio do caminho, local onde fazemos um breve pouso para destacar um recorte histórico brilhante daquilo que foi e daquilo que é o povo paulista no Brasil há pelo menos 500 anos.
Vamos deixar de lado, pelo menos neste momento, a importância do verde do Parque do Ibirapuera, em uma cidade que se acostumou ou foi forçada pela própria dinâmica do desenvolvimento ao “cimento armado” e à poluição dos canos de descarga dos seus ônibus, caminhões, carros grandes, médios, pequenos e motos. Falemos, então, daquele paulista que há quase 80 anos arregaçou as mangas e deu o seu sangue e a vida, em alguns casos, para a construção desta democracia, que hoje vivemos.
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932
Cartaz que convocava os paulistas para a Revolução
A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 32 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. O paulista contra o regime autoritário varguista.
Já M.M.D.C. é o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido exatamente em 23 de maio daquele ano, que antecedeu e originou a Revolução Constitucionalista de 1932. Em agosto daquele ano, um quinto estudante, conhecido como Alvarenga (seu sobrenome), ferido no dia 23 de maio, morre no hospital.
Os restos mortais dos estudantes estão sepultados no mausoléu do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo
Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.
No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2.200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.
São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova Constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.
A Revolução de 32 foi uma verdadeira história de amor dos paulistas pela unidade do País.
Naquela batalha, venceram todos os brasileiros.
No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2.200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.
São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova Constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.
A Revolução de 32 foi uma verdadeira história de amor dos paulistas pela unidade do País.
Naquela batalha, venceram todos os brasileiros.
Um comentário:
Muito bom o post.
É uma espécie de "segunda data paulista" ( a primeira é 9 de Julho ), data que deveria ser também comemorada e lembrada em escolas públicas e particulares, como há 20, 30 anos.
Foi a primeira manifestação contra o governo de Getulio Vargas. A segunda, que não foi tão armada como a de 1932, foi quando Hitler foi derrotado com o apoio do ditador Vargas.
Havia alguma coisa errada aí. O Brasil ajudara a derrubar um ditador lá fora enquanto aqui continuávamos sob o comando de um ditador.
Getulio Vargas até tentou contornar a situação durante os cinco anos seguintes à Segunda Guerra Mundial dando anistia a foragidos, liberdade a presos políticos...
Não funcionou. Getulio saiu quietinho do Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro.
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