quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Emergentes são os heróis do Fórum Econômico Mundial


A quadragésima edição do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça, finalmente está de cara nova: os países emergentes determinarão o ritmo das negociações para recuperar um mundo atolado na areia movediça pós-crise financeira.

Cerca de 35 chefes de governo e Estado, além de 2.500 representantes políticos, empresários e membros de organizações internacionais participam do evento.

Dilma Rousseff não estará presente, mas enviou uma equipe tecnocrata e muito discreta para ninguém colocar defeito. Estarão representando o Brasil o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho e o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli.

Na agenda de discussões estará a estabilização da economia mundial pós-crise econômica, a instabilidade da zona euro, a reforma do sistema monetário internacional e a guerra cambial entre China e Estados Unidos.

O presidente do fórum, Klaus Schwab, pede para que haja maior integração entre os países no processo de decisão do grupo e já prometeu que vai escolher ‘a dedo’ as melhores cabeças para pensar em soluções viáveis.

A crise já passou. No entanto, deixou feridas abertas pelo mundo afora que não serão fáceis de serem cicatrizadas. O mundo está enfraquecido, esgotado e dificilmente aguentaria outro choque econômico da mesma magnitude do que vivemos durante dos dois últimos anos.

Os líderes reunidos em Davos também devem discutir sobre o alerta das Nações Unidas para uma nova crise alimentar, caso os preços dos produtos básicos não pararem de aumentar.

Outro possível tema a ser considerado poderá ser sobre a situação atual do desemprego mundial. De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, o mundo tem hoje 205 milhões de desempregados e a prioridade é para o emprego jovem.

A hora é para tomadas de decisões rápidas e muita iniciativa. A Suíça, por exemplo, vai aproveitar para driblar os países da UE e fazer o ‘negócio da China’ propondo a criação de um acordo de livre comércio com o emergente que mais cresce no mundo.

O Brasil será destaque de debate durante o fórum, nessa sexta-feira, dia 28. Fique atento para mais informações sobre o assunto.


 Postou Cibele Riccomini – Correspondente Internacional - Inglaterra

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