A organização não governamental ambientalista Greenpeace criticou o plano de metas do governo brasileiro para 2022. O argumento é a falta de projeções sobre o aumento da eficiência dos sistemas de geração, transmissão, distribuição e, principalmente, no que diz respeito ao consumo de energia elétrica no país.
O Plano Brasil 2022, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), prevê o crescimento anual de 7% nos próximos 12 anos. Para acompanhar esse ritmo, o Brasil terá de dobrar o consumo de energia per capita.
Para o Greenpeace, o consumo per capita é uma necessidade relativa, que poderia estar diretamente associada a processos produtivos mais eficientes, que estivessem comprometidos com a necessidade de gastar menos energia e, ao mesmo tempo, manter os níveis de crescimento econômico do país.
Outras críticas ao plano referem-se à construção de grandes hidrelétricas em regiões isoladas e à dependência de linhas de transmissão de “milhares de quilômetros” para abastecer as principais cidades do país. A falta de previsões mais claras e concretas sobre sustentabilidade e eficiência do plano como um todo também foi identificada pela organização.
O plano, que inclui metas e ações para as áreas sociais, de economia, infraestrutura e gerenciamento governamental, está disponível para consulta pública e deve receber observações de mais de 20 mil entidades civis. Qualquer pessoa pode manifestar opiniões, bastando acessar a página da SAE na internet.
Postou Cibele Riccomini – Correspondente Internacional – Inglaterra.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
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