O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, considerou um sinal positivo a vontade do Irã em manter acordo de troca de combustível nuclear. A declaração foi feita em Bucareste, onde Amorim terminou sua viagem oficial a vários países da Europa Oriental.
No dia 17 de maio, Brasil e Turquia fecharam acordo com Teerã, no qual o país se comprometia a trocar, em território turco, 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido por 120 kg de combustível processado a 20%, para abastecer seu reator de pesquisas médicas.
Mas as grandes potências lideradas pelos Estados Unidos se opuseram ao pacto, que no parecer da Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, tornaria o mundo “mais perigoso”.
Antes de passar por Bucareste, Celso Amorim reuniu-se com o embaixador iraniano em Viena, onde se localiza a sede da Agência Internacional de Energia Atômica.
No dia 9 de junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou mais uma nova rodada de sanções contra o Irã, condenando sua política nuclear. Turquia e Brasil, ambos membros do Conselho, votaram contra as medidas.
Além disso, a União Europeia e os Estados Unidos fecharam ainda mais o cerco às restrições, prevendo inspeções em alto-mar, proibindo a venda de equipamentos militares e congelando as contas do país no exterior.
Celso Amorim criticou duramente a estrutura e a composição do Conselho de Segurança, e afirmou que a reforma do órgão é “urgente e inevitável”, por não corresponder à realidade política mundial.
Para se ter uma ideia do que isso significa, Amorim menciona o texto das sanções contra o Irã, que só ficou conhecido após divulgação feita pela imprensa internacional.
Postou Cibele Riccomini – Correspondente Internacional – Inglaterra
quarta-feira, 23 de junho de 2010
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