quarta-feira, 30 de junho de 2010

Auditório Ibirapuera será referência da MPB


O Ministério da Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e o Instituto Auditório Ibirapuera (IAI) anunciaram esta semana um novo modelo de gestão pública de um equipamento cultural, que já vai vigorar inicialmente no Auditório Ibirapuera.

Em fevereiro, o Auditório perdeu o patrocínio da empresa de telefonia TIM, e estava prestes a ficar sem recursos de manutenção, mas o governo federal resolveu “adotá-lo”. Será destinada, nos próximos dois anos, a quantia de R$ 13 milhões para a instituição, que muda de perfil e passa a se constituir no Centro de Referência da Música Brasileira (CRMB).

Segundo o governo federal, o Auditório Ibirapuera abre o que está sendo chamado de Programa Permanente de Apoio a Instituições Culturais. “Essa parceria com a Prefeitura de São Paulo e o instituto pretende redefinir as condições de sustentabilidade de uma instituição cultural no País”, afirma José Luiz Herência, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. “O MinC passa a reconhecer instituições modelares, que desenvolvem um trabalho fundamental e único em sua área no País, e passa a sustentá-las diretamente", explica o secretário de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil.

Atualmente, o Auditório mantém uma orquestra, uma escola de música (com cerca de 120 alunos) e uma programação cultural muito elogiada. “Reconhecemos antes de tudo a excelência da programação e a vocação de se constituir num centro de reflexão sobre a música brasileira”, observa Herência.

Histórico - Projetado em 1950 por Oscar Niemeyer, o Auditório foi construído e doado à Prefeitura de São Paulo em 2005 pela TIM Celular, que durante cinco anos doou anualmente R$ 7 milhões, sem incentivo fiscal. O orçamento do Instituto era complementado pela receita da bilheteria somada ao aluguel da casa para eventos fechados, num total anual de R$ 10 milhões. Com a saída da TIM, Mario Cohen, diretor do Instituto Auditório Ibirapuera, entrou em negociações com o governo federal. Se o convênio não fosse fechado, o Auditório já começaria a enfrentar prejuízo na programação e nas atividades educacionais.

O CRMB começará a funcionar em julho, e atuará em diversas áreas, como Economia da Música, Fomentos e Incentivos, Circulação e Difusão, Planejamento e Gestão Pública, promovendo palestras, workshops, mesas-redondas, congressos e simpósios.

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Postou Laila Guilherme – Cinema Brasil

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